No dia 11 de abril, às 9:45 horas, os participantes do GEP
em Educação Matemática da Unidade Santo Amaro tiveram o seu segundo encontro.
Nesse dia estiveram presentes sete participantes, alguns dos
quais vindos pela primeira vez. Estiveram presentes: a Ana Paula e a Cláudia (ambas
do 4º semestre), a Rosângela (7º
semestre), a Valéria (5º semestre), a Fátima (5º semestre) e a Professora Sara Lacerda, que
coordena o GEP na Unidade Belém e que participa das atividades do grupo desde o
inicio do percurso, na Unidade Sumaré.
Três das participantes que haviam comparecido ao primeiro encontro
não puderam estar nesse mas afirmaram ter interesse em participar.
Como havíamos combinado, iniciamos nossos estudos com o tema “A
História da Matemática como um dos caminhos propostos nos PCNs para o ensino de
Matemática”.
Para que pudéssemos nos apropriar mais do tema, iniciamos a
reunião assistindo a primeira parte do vídeo “A História da Matemática”, produzido pela
BBC. Nesse vídeo, Marcus du Sautoy, doutor em
Matemática pela Universidade de Oxford, nos leva em uma viagem pela história
dessa disciplina fundamental.
Com animações e recursos gráficos,
o vídeo oportunizou aos participantes do grupo uma melhor percepção sobre a
maneira pela qual os conhecimentos matemáticos são construídos. Ficou bem claro
que os conhecimentos matemáticos foram produzidos ao longo da história da humanidade
para atender demandas surgidas nas práticas cotidianas.
Essa percepção nos fez
refletir sobre a maneira como as crianças constroem conhecimentos sobre os
números. Assim como na história da humanidade, a criança se depara, em seu
percurso de desenvolvimento, com a necessidade de controlar quantidades.
A escola deveria
oportunizar vivências nas quais a criança pudesse, como o fez o homem ao longo
da sua história, experimentar diferentes formas de registro, antes de se
apropriar da forma “final”.
Na prática, não é isso que
acontece.
Uma das participantes
relatou que a filha desenha bolinhas para registrar as quantidades com as quais
precisa operar na escola mas que o faz escondido da professora, uma vez que a
docente não admite esse tipo de registro.
Há bastante tempo atrás me
deparei, em uma sala de Educação de Jovens e Adultos, com um aluno que tinha um
caderno para os “registros pessoais” das atividades propostas pela professora
de Matemática e outro com os registros convencionais. Indagado sobre o porquê
dos dois cadernos, a resposta foi imediata: “Esse é para eu registrar o meu pensamento...Esse outro é para o que a
professora quer.”
“Para o que a professora quer...”
Essa frase do aluno adulto
nos faz pensar sobre a relação entre o conhecimento construído pelo aluno e o
conhecimento que é, muitas vezes, mecanizado sem a devida compreensão do que
está sendo feito.
Pretendíamos,ainda nesse
encontro, realizar uma primeira leitura dos PCNs de Matemática mas, as discussões
foram tão ricas que acabamos não tendo tempo de fazê-la.
Combinamos que faremos uma
leitura prévia de duas seções da primeira parte dos PCNs (“Caracterização da área de Matemática” e “Aprender
e Ensinar Matemática no Ensino
Fundamental”), para que possamos discuti-las em nosso próximo encontro que será
no dia 25 de abril.
Assista o vídeo "A História da Matemática":
Parte I
Veja também a segunda parte do vídeo:
Para saber mais sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o Ensino Fundamental 1 acesse:
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